Hambúrguer Vegano é a novidade que chegou a todo vapor
LouMach | Culinária
Conheça o hambúrguer do futuro [1]
DICAS&IDEIAS
Hambúrguer da Fazenda Futuro é feito com
proteína de ervilha, proteína isolada de soja e de grão de bico, além de
beterraba (T.T Burger/Divulgação)
Conheça o hambúrguer do futuro [1]
Produto vegano nacional e outras
novidades se apresentam como soluções para matar a fome nas próximas décadas.
São Paulo – Que o futuro poderá ser
indigesto para a humanidade todo mundo sabe. Daqui quatro décadas, o planeta
terá ultrapassado os 9 bilhões de habitantes, 2 bilhões a mais do que
atualmente.
Alimentar tantas bocas será uma
tarefa ainda mais complexa. Pelos cálculos da Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação a pecuária teria de dispor de uma vastidão de
terras 70% maior para dar conta da demanda.
É uma conta que não fecha. Há quem
enxergue que a solução mais viável para o problema da demanda global por
proteínas serão os insetos e já existem iniciativas nesse sentido. Mas por
sorte também há alternativas mais palatáveis na mesa.
Em abril deste ano, a foodtech
Fazenda Futuro, fundada por Alfredo Strechinsky e Marcos Leta, os mesmos que
criaram o Suco do Bem, lançou seu primeiro produto.
Trata-se de um hambúrguer vegano
feito com proteínas de ervilha, soja e grão de bico. E tem ainda a beterraba,
inserida na receita para imitar o sangue.
É preciso ter certa boa vontade
para considerar a novidade uma cópia fiel do hambúrguer tradicional –
promete-se o sabor, a textura e o cheiro da carne bovina. Mas que ela é um
prato cheio para veganos, para os quais há poucas opções saborosas, não há
dúvida.
Encontrado em supermercados, o
hambúrguer da Fazenda Futuro foi incluído no cardápio da rede paulistana Lanchonete
da Cidade e na carioca T.T. Burger, do chef Thomas Troisgros, o filho do
Claude.
A primeira serve a novidade em
qualquer um de seus sanduíches e criou um só para ela, o LC Futuro, que leva
ainda pão, queijo e maionese veganos e alface e tomate orgânicos (R$ 29).
O do T.T. Burger vem acrescido de
queijo, vegano ou não, ketchup de páprica, cebola agridoce, tomate e alface
romana no pão de batata (a partir de R$ 34).
A foodtech almeja abocanhar uma
fatia de um mercado que já tem players com apetite gigantesco.
Criada nos Estados Unidos em 2013,
a Beyond Meat despejou no mercado três anos depois um hambúrguer feito com
proteínas de ervilha, arroz e feijão, óleo de canola, óleo de coco, manteiga de
cacau, amido de batata, suco de limão e beterraba, entre outros ingredientes.
Um dos investidores da companhia,
ninguém menos que Bill Gates, descreveu em seu blog o seguinte ao provar um dos
produtos da marca: “O que eu estava experimentando era mais do que um
substituto esperto da carne. Era o sabor do futuro da comida”.
Em maio, a Beyond Meat abriu seu
capital na bolsa americana Nasdaq com grande sucesso.
A notícia de que a gigante Nestlé
também vai tirar os seus hambúrgueres veganos do forno estragou a festa
momentaneamente e derrubou as ações da companhia novata, que depois voltaram a
crescer.
Outra concorrente na briga é a
Impossible Foods, nascida no Vale do Silício em 2011. Neste ano, ela fechou uma
parceria para oferecer seu hambúrguer à base de proteínas de batata e soja em
algumas lojas da rede Burger King nos Estados Unidos.
A expectativa é vender o sanduíche
no país inteiro até o fim do ano.
Por
Daniel Salles
[1] Veja (Estilo de Vida)
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